08 junho 2013
Cinco mitos da Língua Portuguesa
Não é Dia da Mentira, mas aproveitamos o espaço para revelar algumas verdades sobre a nossa Língua:
1. Vírgula é pausa para respirar.
Não. Vírgula é um fenômeno sintático e a falta dela não deve matar ninguém asfixiado.
Não. Vírgula é um fenômeno sintático e a falta dela não deve matar ninguém asfixiado.
2. Nunca existe crase antes de palavras
masculinas.
Existe! Se antes da palavra está implícita a expressão “à moda de” ou outra palavra feminina.
Existe! Se antes da palavra está implícita a expressão “à moda de” ou outra palavra feminina.
3. Til é acento e marca sílaba tônica.
Til, minha gente, é sinal gráfico que marca a nasalidade da sílaba.
E nem sempre ele marca a sílaba tônica. Lembram da palavra “órfão”?
Til, minha gente, é sinal gráfico que marca a nasalidade da sílaba.
E nem sempre ele marca a sílaba tônica. Lembram da palavra “órfão”?
4. A palavra “bastante” não é
flexionada.
Só quando é um advérbio. Quando for um adjetivo, é flexionada e fica “bastantes”.
Só quando é um advérbio. Quando for um adjetivo, é flexionada e fica “bastantes”.
5. Gramática é bobagem, só importa a
mensagem.
E quando os problemas de gramática atrapalham a compreensão da mensagem?
Por isso, é sempre importante lembrar a adequação linguística e o contexto de uso.
E quando os problemas de gramática atrapalham a compreensão da mensagem?
Por isso, é sempre importante lembrar a adequação linguística e o contexto de uso.
Por que ler dá sono?
Muitos alunos tem na ponta da língua a desculpa para não ler: 'Ah, professora, eu bem que tentei ler, mas me deu um sono...'
Se você também sofre desse 'mal', leia o texto abaixo (é curtinho, não vai dar sono) e resolva já o seu problema!
Por Cristine Kist
Não é ler um livro que dá sono, claro,
mas substâncias químicas que agem no corpo. Uma delas é a adenosina, que se
acumula ao longo do dia. Quanto mais adenosina, maior o sono, explica Fábio
Haggstram, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital São Lucas, de
Porto Alegre. Ou seja, o problema, na verdade, é a hora da leitura. Experimente
ler em outro horário. Você pode até sentir preguiça, não conseguir nem virar a
página e se entediar. Mas não terá sono.
Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.
Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.
Três dicas para não dormir
Ponha a leitura em dia antes de cair no sono
1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.
2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.
3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.
Ponha a leitura em dia antes de cair no sono
1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.
2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.
3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.
Fonte: Revista Superinteressante /Janeiro de 2013
Leitura: Por que ler é fundamental?
imagem: revistacontemporartes.blogspot.com |
"A leitura da palavra é sempre precedida da leitura
do mundo."
Afinal por que se afirma que é tão importante ler? Para
responder a essa questão, vamos lembrar que o texto - seja de que natureza for
- está sempre pronto a ser compreendido, decifrado e interpretado. O
processo da leitura exige um esforço que garante uma compreensão ampliada do
mundo, de nós mesmos e da nossa relação com o mundo.
Na Roma antiga, o verbo "ler" - do latim legere - além de ler, também podia significar "colher", "recolher", "espiar", "reconhecer traços", "tomar", "roubar". Para os romanos, então, ler era muito mais do que simplesmente reconhecer as palavras e frases dos outdoors de uma avenida, dos índices de desempregos noticiados nos jornais, do discurso político de um candidato à presidência da República, de um poema ou de um conto, de um romance ou de um filme.
Ler é compreender os discursos, mas também é completá-los, descobrindo o que neles não está claramente dito. Talvez "recolher" seja buscar as pistas que o texto tem, "espiar" seja distanciar-se um pouco e não de imediato aquilo que está sendo proposto, "tomar" e "roubar" talvez queira dizer estar prontos a captar, capturar, se apropriar daquilo que está escondido nas entrelinhas de um texto.
Um desfile de palavras vazias?
É assim que a leitura se torna criativa e produtiva, pela
descoberta dos sentidos do texto e a atribuição de outros. Do contrário, ela se
torna apenas assistir a um desfile de letras, palavras e frases vazias, diante
de olhos tão passivos, quanto sonolentos.
O mundo simbólico se amplia diariamente. A maior parte dos fenômenos, sejam de natureza política, econômica, social ou cultural, fazem parte de um registro contínuo do homem. Também a reinvenção da realidade por meio dos textos literários, que constroem uma nova linguagem, nos dá a dimensão das emoções, sentimentos, críticas e vivências do homem, na sua busca de sentido para a existência.
Nos contos, crônicas, romances, poemas, nos mais variados textos criados, há sempre um universo interior e exterior de pessoas que vivem ou viveram num determinado tempo e espaço. Ler os textos escritos e as diversas linguagens inerentes ao ser humano é ampliar o nosso próprio mundo simbólico, é desenvolver nossa capacidade de comunicar e criticar, enfim, é um ato contínuo de recriação e invenção.
Fonte: Carla Caruso, Especial para a Página 3
Pedagogia & Comunicação é escritora, pesquisadora e realiza projetos de
capacitação de professores no Estado de São Paulo. www.http://educacao.uol.com.br
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